MATEUS 21.22
“e tudo o que pedirdes na oração, crendo,
recebereis.”
A oração é uma ferramenta realmente útil. Não podemos desprezar esse
hábito tão necessário em nossas vidas como pessoas que crêem no sobrenatural. O
apóstolo Mateus revela-nos que Jesus declarou que a oração cheia de fé torna-se
capaz de proezas. Aqui, na realidade, a oração é um veículo condutor, não o
veículo operante. Ou seja, oração sem fé é ‘falácia’. Quem ora sem firmar-se na
fé está apenas falando a sua própria consciência e ouvindo seus pensamentos em
voz alta.
Embora saibamos que a oração é tão útil na condução de nossos pedidos de
fé, como podemos definir oração? Ou, até mesmo, como orar corretamente? Existe
uma oração que agrade mais a Deus? Ou uma oração que Deus não ouve? Ou ainda
uma oração que não devemos fazer? O objetivo desse encontro é iniciar um debate
sobre esse comportamento cristão.
Introdução:
A princípio vale à pena lembrar que não devemos desprezar esse hábito.
Orar é um comportamento extremamente necessário a vida cristã. Poderíamos até
concluir que “cristãos verdadeiros oram”. Embora seja comum encontrar ‘cristãos
que oram pouco’, ou até mesmo, ‘cristãos que não tem o hábito de orar’, isso
não deve ser visto como natural ou comum. Não devemos desprezar esse hábito!
I TESSALONICENSES
5.17
“Orai sem cessar.”
Encontramos esse ‘hábito’ na
vida de ‘todos’ os cristãos primitivos. Se existe algo que os nossos irmãos
faziam – isso é a oração a Deus. É fácil compreender por que. Na realidade foi
um comportamento herdado dos judeus. A ‘lei cerimonialista’ de Israel é muito
rica em detalhes e orações, e todos os ‘seguidores de Jesus’ oriundos desse
mundo ritualista mantiveram essa tradição cúltica. Vemos isso na passagem onde
Pedro e João curam um coxo na porta do Templo. O encontro deles se deu ‘na hora
em que comumente, tradicionalmente, religiosamente, habitualmente, oravam no
Templo’.
ATOS 3.1
“Pedro e João subiam ao templo à hora da oração,
a nona.”
O próprio Senhor Jesus Cristo
tinha esse hábito bem regulado em sua vida. Jesus, como qualquer judeu, orava religiosamente
‘três vezes ao dia’. Mas, como um bom servo de Deus, Jesus chegava a limites
mais constantes de oração a Deus.
LUCAS 6.12
“Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar;
e passou a noite toda em oração a Deus.”
LUCAS 22.45
“Depois, levantando-se da oração, veio para os
seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza.”
Marcos 1.35
“De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e
foi a um lugar deserto, e ali orava.”
Lucas 5.16
“Mas ele se retirava para os desertos, e ali orava.”
Alguns podem perguntar-se:
“Por que Jesus, o filho de Deus, necessitaria de tanta oração?” Talvez
encontremos muitas respostas, como: Naqueles anos em que viveu na terra Jesus
viveu como homem, e como homem necessitou de ajuda dos céus; Jesus sabia da
necessidade que tinha de estar com o Pai, porque possuía grande comunhão com
Ele, etc. Mas, talvez a resposta que precisamos hoje seja: “Jesus queria nos
mostrar a importância de uma vida entregue a oração”. Ao orar com intensidade e
freqüência, Jesus mostra que seu ministério esteve firmado ‘em uma vida de
oração’. Talvez seja isso que os cristãos precisem saber. Talvez seja isso que
os ministros do evangelho precisem fazer como hábito.
A Igreja primitiva orava
freqüentemente. É o que encontramos ao longo de todos os 95 anos em que a
Igreja teve a companhia dos apóstolos e estes registraram a vida cotidiana da
Igreja nas cartas que hoje temos como Novo Testamento. Se há algo que não
podemos acusar a Igreja Primitiva é ‘que não oravam’. Nenhuma fase da Igreja de
Jesus levou isso tão a sério. Vejamos algumas passagens que mostram isso.
ATOS 1.14
“Todos estes perseveravam unanimemente em oração,
com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.”
ATOS 12.5
“Pedro, pois, estava guardado na prisão; mas a igreja orava
com insistência a Deus por ele.”
ATOS 16.13
“No sábado saímos portas afora para a beira do rio,
onde julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às
mulheres ali reunidas.”
ATOS 7.59
“Apedrejavam, pois, a Estevão que orando,
dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.”
ATOS 11.5
“Estava eu orando na cidade de Jope, e em
êxtase tive uma visão; descia um objeto, como se fosse um grande lençol, sendo
baixado do céu pelas quatro pontas, e chegou perto de mim.”
1. O que é “Oração”?
ü Primeiro – Oração é uma conversa que o
homem estabelece pela fé com o Senhor Deus onde o mesmo apresenta um diálogo de
forma consciente e se expressa de forma inteligente. Não podemos entender
oração com a mesma perspectiva de ‘meditação transcendental’, onde a expressão
busca um relacionamento espiritual em transe e por meio de mantras, que muitas
vezes, são expressões repetitivas de sons aleatórios e vibrações. A oração é um
diálogo inteligente e consciente.
SALMO 20.5
“Nós nos
alegraremos pela tua salvação, e em nome do nosso Deus arvoraremos pendões;
satisfaça o Senhor todas as tuas petições.”
1 CORÍNTIOS
14.15
Que fazer,
pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com
o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
ü Segundo – A oração é a expressão de
idéias claras baseadas em necessidades ‘pessoais’. A oração ‘não é’ uma
repetição sem sentido firmada em palavras ‘mântricas’ ou ‘frases que não
compreendem a necessidade real’ daquele que pede. Orar é expressar-se,
comunicar-se com Deus dentro das suas necessidades.
MATEUS 6.7
“E, orando, não useis de vãs repetições, como
os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.”
ü Terceiro – Orar é ‘falar com Deus sem
intermediários’. Não podemos orar a anjos ou ‘santos’ porque isso implicaria em
alguns problemas bíblicos que veremos a seguir:
ISAÍAS 46.9
“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antigüidade;
que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro
semelhante a mim.”
·
Por que não devemos crer que haja ‘intermediários’ entre nossas orações
e Deus?
‘Por que não devemos orar aos
‘santos’ ou até mesmos ‘aos entes queridos que morreram’ como se fossem capazes
de nos ajudar? A resposta está nos ‘atributos naturais de Deus’. Deus possui em
sua natureza características que não podemos encontrar em outros seres
quaisquer. Quando Deus diz: “Não há outro” Ele se refere exatamente a sua
natureza incomparável. Deus é (e somente ele é) – Onipotente – “Pode todas as coisas”; Onisciente – “Sabe todas as coisas”; Onopresente – “Está em todos os
lugares ao mesmo tempo”. Se considerarmos que “milhões de pessoas que agora
oram podem ser atendidas pelos “santos ou entes queridos mortos” devemos
conceber que “tais indivíduos são deuses”. E o próprio Deus disse: “Não há
outro Deus”. Na verdade, nenhum “santo ou entidade espiritual” poderia ouvir as
orações de milhões de pessoas e atendê-las. Simplesmente porque não possuem tal
natureza
·
Por que não devemos considerar que ‘alguma entidade ou santo’ intercede
por nós a Deus?
A resposta está na “revelação
da vontade de Deus” nas Escrituras. Ali, na Bíblia, o próprio Deus estabeleceu
“quem exerce esse papel”. A razão dessa escolha divina é a mesma da resposta
seguinte. Deus afirma que essa é a função do Espírito Santo, porque somente
Ele, sendo Deus, possui uma natureza capaz de “ouvir e atender a todas as
orações da humanidade”.
ROMANOS 8.26
“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na
fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito
mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
ü Quarto – A oração deve ser
acompanhada do nome de Jesus. Ou seja, dizemos: “em nome de Jesus”. Porque essa
expressão revela em quem cremos para termos a liberdade de nos achegarmos ao
Pai. O nome de Jesus é ‘o cartão de visitas’ para a oração. Ilustração:
“É como alguém que conhece o filho do
dono de uma grande empresa. Essa amizade lhe proporciona uma possibilidade de
entrevista com o “dono da empresa” (que é o pai do amigo importante). Então,
aquele amigo apresenta-se como ‘amigo do filho do dono’ e isso abre as portas
para que possa fazer a entrevista de emprego”. Nós não somos dignos desse
favor de Deus. Mas, pelo sangue de Jesus isso se torna possível. Então, usamos
o nome de Jesus em qualquer demanda que temos.
JOÃO 14.13
“e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o
farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.”
JOÃO 15.16
“Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a
vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a
fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”
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