Mateus 24.31-34,41
31. Quando, pois vier o Filho do homem na sua
glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32. e diante dele serão reunidas todas as
nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos;
33. e porá as ovelhas à sua direita, mas os
cabritos à esquerda.
34. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua
direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo;
41. Então dirá também aos que estiverem à sua
esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo
e seus anjos.
O juízo final ocorrerá
depois do milênio e da rebelião que ocorre no final desse período. Em Apocalipse 20.1-6 João escreve o reino
milenar e a retirada de Satanás (inimigo) da posição em que pode exercer
influência dobre a terra e então diz: “Quando,
porém, se completarem os mil anos, Satanás (inimigo) será solto da sua prisão e
sairá a seduzir as nações [...] a fim de reuni-las para a peleja” (Ap
20.7-8). João diz que depois de Deus vencer essa rebelião final de maneira
decisiva (Ap 20.9-10), virá o julgamento: “Vi
um grande trono branco e aquele que nele se assenta” (v.11).
Aprendemos na última semana
que o julgamento será para todos (grandes, pequenos, santos e pecadores).
Também descobrimos que estaremos em um tribunal. Isso implica em condições
específicas: haverá um juiz, um promotor (acusação) e advogado. Diante desse
contexto serão apresentadas as acusações sobre todos – acusações estas que estão
sendo anotadas contra todos ao longo dos séculos.
Diante dessa situação
pensamos sobre nossos atos e nossos pensamentos, pois todos, sem exceção serão
lembrados naquele dia final. E serão estes atos os pontos de defesa e acusação
contra a humanidade.
I.
A natureza do juízo final.
1.
Os incrédulos serão julgados. É evidente que todos os
incrédulos ficarão de pé diante de Cristo para serem julgados, pois esse
julgamento inclui “os mortos, os grandes
e os pequenos” (AP 20.12), e Paulo diz que no “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”, este “retribuirá a cada um segundo o seu
procedimento: [...] ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e
obedecem à injustiça” (Rm 2.5-8).
a.
Cada um
receberá a recompensa segundo as suas obras. “A
morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por
um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados para dentro
do lago do fogo. Esta é a segunda morte, o lago do fogo. E se alguém não foi
achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo” (Ap
20.13b-15; cf. Lc 10.20; Fp 4.3).
b.
O julgamento
será com justiça perfeita. O salmista falou dessa justiça: “...ele vem julgar a terra;
julgará o mundo com justiça, e os povos com equidade” (Sl 98.9).
c.
O castigo
será justo e eterno. “...serás tido
por justo no teu falar e puro no teu julgar” (Sl 51.4); “...toda transgressão e
desobediência recebeu justo castigo” (Hb 2.2); “...da ressurreição dos mortos e do juízo eterno” (Hb 6.2).
2.
Esse julgamento dos incrédulos incluirá graus de
punição. Lemos que os mortos serão julgados “segundo
as suas obras” (Ap 20.12,13), e esse juízo de acordo com o que as pessoas
tiverem feito deve, portanto, envolver uma avaliação das obras que as pessoas
tiverem praticado. De modo semelhante, Jesus diz:
Lucas 12.47-48
47. O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem
fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
48. mas o que não a soube, e fez coisas que mereciam castigo, com poucos
açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e
a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá.
Quando Jesus diz às cidades de Corazim e Betsaida,
“no dia do juízo, haverá menos rigor para
Tiro e Sidom do que para vós outras” (Mt 11.22); compare com (Mt 11.24) “Contudo, eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a
terra de Sodoma do que para ti.” Implica que haverá níveis de
castigo no último dia.
Esse “senso de justiça divina”
está bem claro na Bíblia. Quando Jesus foi julgado “de forma injusta e
abusiva”, ele disse a Pilatos: (João 19.11) “Respondeu-lhe Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim,
se de cima não te fora dado; por isso aquele que me entregou a ti, maior pecado
tem.”
De fato, toda ação errada será
lembrada e levada em conta nas punições distribuídas naquele dia, porque “de toda palavras frívola (sem seriedade;
superficial; estúpida) que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do
Juízo” (Mt 12.26). Toda palavra dita e toda ação praticada virão à luz e
receberão julgamento: “porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer
sejam boas, quer sejam más” (Ec 12.14).
Como estes versículos indicam,
no dia do juízo final os segredos do coração das pessoas serão revelados e se
tornarão públicos. Paulo fala do “dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, [vai]
julgar os segredos dos homens” (Rm 2.16) . “nada há de encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não
venha a ser conhecido. Porque tudo o que dissestes às escuras será ouvido em
plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa será proclamado
dos eirados”(Lc 12.2-3)
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