quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Grande Trono Branco - segunda parte



Mateus 24.31-34,41
31. Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32. e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;
33. e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.
34. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
41. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos.


LOCALIZE-SE:
O juízo final ocorrerá depois do milênio e da rebelião que ocorre no final desse período. Em Apocalipse 20.1-6 João escreve o reino milenar e a retirada de Satanás (inimigo) da posição em que pode exercer influência dobre a terra e então diz: “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás (inimigo) será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações [...] a fim de reuni-las para a peleja” (Ap 20.7-8). João diz que depois de Deus vencer essa rebelião final de maneira decisiva (Ap 20.9-10), virá o julgamento: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta” (v.11).
Aprendemos na última semana que o julgamento será para todos (grandes, pequenos, santos e pecadores). Também descobrimos que estaremos em um tribunal. Isso implica em condições específicas: haverá um juiz, um promotor (acusação) e advogado. Diante desse contexto serão apresentadas as acusações sobre todos – acusações estas que estão sendo anotadas contra todos ao longo dos séculos.
Diante dessa situação pensamos sobre nossos atos e nossos pensamentos, pois todos, sem exceção serão lembrados naquele dia final. E serão estes atos os pontos de defesa e acusação contra a humanidade.

I.                    A natureza do juízo final.

1.        Os incrédulos serão julgados. É evidente que todos os incrédulos ficarão de pé diante de Cristo para serem julgados, pois esse julgamento inclui “os mortos, os grandes e os pequenos” (AP 20.12), e Paulo diz que no “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”, este “retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: [...] ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça” (Rm 2.5-8).

a.       Cada um receberá a recompensa segundo as suas obras. “A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago do fogo. Esta é a segunda morte, o lago do fogo. E se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo” (Ap 20.13b-15; cf. Lc 10.20; Fp 4.3).
b.      O julgamento será com justiça perfeita. O salmista falou dessa justiça: “...ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça, e os povos com equidade” (Sl 98.9).
c.       O castigo será justo e eterno. “...serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (Sl 51.4); “...toda transgressão e desobediência recebeu justo castigo” (Hb 2.2); “...da ressurreição dos mortos e do juízo eterno” (Hb 6.2).

2.       Esse julgamento dos incrédulos incluirá graus de punição. Lemos que os mortos serão julgados “segundo as suas obras” (Ap 20.12,13), e esse juízo de acordo com o que as pessoas tiverem feito deve, portanto, envolver uma avaliação das obras que as pessoas tiverem praticado. De modo semelhante, Jesus diz:

Lucas 12.47-48
47. O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
48. mas o que não a soube, e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá.

Quando Jesus diz às cidades de Corazim e Betsaida, “no dia do juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras” (Mt 11.22); compare  com (Mt 11.24) “Contudo, eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti.” Implica que haverá níveis de castigo no último dia.
Esse “senso de justiça divina” está bem claro na Bíblia. Quando Jesus foi julgado “de forma injusta e abusiva”, ele disse a Pilatos: (João 19.11) “Respondeu-lhe Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fora dado; por isso aquele que me entregou a ti, maior pecado tem.”
De fato, toda ação errada será lembrada e levada em conta nas punições distribuídas naquele dia, porque “de toda palavras frívola (sem seriedade; superficial; estúpida) que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” (Mt 12.26). Toda palavra dita e toda ação praticada virão à luz e receberão julgamento: “porque  Deus há de trazer a juízo todas as  obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Ec 12.14).

Como estes versículos indicam, no dia do juízo final os segredos do coração das pessoas serão revelados e se tornarão públicos. Paulo fala do “dia  em que Deus, por meio de Cristo Jesus, [vai] julgar os segredos dos homens” (Rm 2.16) . “nada há de encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo o que dissestes às escuras será ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa será proclamado dos eirados”(Lc 12.2-3)

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