quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Grande Trono Branco - terceira parte



2 Coríntios 5.10-11
10. Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.
11. Portanto, conhecendo o temor do Senhor, procuramos persuadir os homens; mas, a Deus já somos manifestos, e espero que também nas vossas consciências sejamos manifestos.

LOCALIZE-SE:
Paulo escreveu na sua carta aos coríntios (igreja de Corinto – Grécia) que “é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo...” isso é uma declaração de que até os crentes comparecerão diante do “trono branco” para serem julgados. Em Romanos 14.10,12 - Paulo também afirma:Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus. Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”.
                Lendo mais atentamente os textos que falam sobre o julgamento dos crentes percebemos claras diferenças com aquele administrado sobre os ímpios (praticam a impiedade). Vejamos alguns pontos diferentes:

1.        O julgamento da Igreja precederá o julgamento dos ímpios.

I Pedro 4.17
Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?

Esse ponto é tão claro que, no livro de Apocalipse, o juízo de Deus no “tempo do fim” inicia-se assim:
a.       João vê Jesus vestido de juiz (cabelos brancos, veste talar, voz de muitas águas, olho de fogo, cinto no peito, sentado no trono);
b.      João vê Jesus “andando pelas igrejas” antes mesmo do juízo final (sete castiçais e sete estrelas);
c.       João lê sete cartas as sete igrejas. E a muitas delas Jesus diz: “tenho contra ti” (juízo)

2.       O julgamento do crente será para avaliar as obras e conceder vários níveis de recompensa.
Enfrentaremos o julgamento, mas isso não deve nos amedrontar e nem deixar o temor de
condenação eterna. Isso porque Jesus garantiu salvação “ao que crer” (lembrando que a palavra Fé – (grego) pistis = fidelidade). Logo, aquele que crê “é aquele que permanece fiel”.
Quanto a estes, Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.” (João 5.24). E também Paulo nos escreveu: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”(Romanos 8.1).
Podemos definir assim o juízo final: “O dia em que os crentes são premiados e os incrédulos, punidos”

Apocalipse 11.18
“Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.”

3.       A terceira diferença está baseada no primeiro ponto. Se somos julgados antes, então somos “cobrados antes”. Ou seja, é aqui (nesse mundo) que Deus cobrará nossos erros e é aqui que pagaremos muitos deles.

Esta é uma parte que precisa ser bem aceita. A justiça de Deus exigirá “cobrança justa”. Isso significa que Ele não deixará de “cobrar” o erro de cada um de nós, pois isso decretará uma justiça desequilibrada. Em nosso julgamento final será preciso que nossa culpa tenha sido aplacada por nosso “preço pago”. Isso ocorre nesta vida, não na vida futura como com os ímpios!

Tiago 1.2
“Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações.”

I Pedro 1.6
6. na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações.
7. para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;
8. a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória,
9. alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.

A luta de um crente tem propósitos diferentes da luta de um ímpio. E também “resultados diferentes”. Se o ímpio vive resultados de pecados, o crente vive “resultado de juízo”.
Você jê deve ter tido a mesma sensação que muitos crentes, de que “as lutas pareceram mais latentes, mais evidentes, e até mais presentes que antes”. E é isso mesmo! Você não está errado (a). Duas coisas ocorreram quando você recebeu a Jesus:
1.        Seus olhos se abriram e você passou a perceber que “há um mundo espiritual tenebroso e hostil ao seu redor”.

I Pedro 5.8
“Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar.”

2.       Atos que antes passavam desapercebidos por você, agora não passam. Porque são dívidas que você não deve mais levar para o futuro. Não cabem mais no seu futuro. Precisam ser cobrados aqui.

Hebreus 12.6
“ pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho.”


É importante explicar melhor Hebreus 12.6. Por que quem ama açoita? Isso é estranho porque não faz parte do nosso contexto social. Mas, no mundo dos tempos bíblicos isso era um ato de reconhecimento de paternidade. Pelo menos duas coisas ocorrem aqui:
A.      Só tem direito de corrigir aquele que adquiriu esse direito por paternidade. Logo, a correção nos faz “filhos”.
B.      Um pai (em tempos antigos) costumava tomar seu filho, alguns empregados, e correr toda sua propriedade junto do menino quando este completava maior idade (12 anos). Para aquela sociedade, aquele menino poderia herdar e administrar os bens do pai. Então, o pai, após andar por sua propriedade, dava uma surra no menino para que este nunca se esquecesse daquele dia. Nesse “dia de surra” o pai falava basicamente duas coisas: “Esta é a propriedade que conquistei a duras penas e me valeu muito. Cabe a você mantê-la como a encontrou”. Assim aquele menino nunca se esqueceria daquele dia e guardaria esses ensinamentos.

Mas, voltando a nosso tema. Será que todas as palavras e os atos secretos dos crentes, bem como todos os seus pecados, serão revelados nesse último dia? Parece que sim. Veja como Paulo apresenta esse tema:

1 coríntios 4.5
“Portanto nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor.”

Colossenses 3.23-25
23. E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens,
24. sabendo que do Senhor recebereis como recompensa a herança; servi a Cristo, o Senhor.
25. Pois quem faz injustiça receberá a paga da injustiça que fez; e não há acepção de pessoas.

2 Coríntios 5.9-10
9. Pelo que também nos esforçamos para ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes.
10. Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.


Isso não deve “alarmar” os crentes. Visto que nossa culpa será declarada juntamente com nossa absolvição por cada uma delas. Quando for declarado no tribunal de Cristo a cobrança de Deus estabelecida por meio de “tribulações” e também o “preço pago por Jesus por cada um de nossos pecados”. Assim, não há o que temer. Nos resta a expectativa daquilo que receberemos como galardão. Isso discutiremos no próximo encontro! 

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